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sexta-feira, março 21, 2014

Como os nossos pais

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O leitorado que acompanha este blog sabe, vez ou outra, falo de minha família. Sim, aqueles que me são caros é assunto sério para mim. No meu caso, eles não são somente as pessoas da sala de jantar que dividem refeições tristonhas, mas sim seres fantásticos, cheios de vida, personalidade e amor. 

Tenho mais dos meus pais do que pensava. Sim, mesmo que eu seja uma pessoa diferente deles, possuo características semelhantes de ambos. O que é ótimo! 

Quando eu e meu irmão Emerson éramos crianças, aprendemos valores, mas as características de nossos pais se desenvolveram em nós ao longo dos anos. Essa herança me serve como manual de sobrevivência, afinal, como disse Vinícius: “são tantos os perigos dessa vida”. 

Vou explicar sobre nossa criação e hereditariedade. Mama é responsável bem decidida e impetuosa. Possui temperamento forte, atitude, honestidade e é trabalhadora. Ensinou-nos a enfrentar as agruras da vida, a escolher e não ser escolhido.  É dela que herdei minha força e sinceridade.  

Já o pai era/é (ele fez a passagem em 1998) um cara brincalhão, sempre educado e querido por todos. Nos ensinou a sacar o melhor das pessoas, dizia que todos temos defeitos e virtudes, mas que devíamos aprender a dividir tais peculiaridades e valorizar a vida, vivê-la intensamente sem nos preocuparmos com coisas menores a não ser com as pessoas que amamos. Ah, tudo isso sem deslumbramento com poder ou riqueza. 

Meu velho era/é coração e minha mãe a razão. As características se misturaram. Vejo em mim e no meu irmão virtudes e defeitos de ambos pais. Nunca fui dado a hipocrisias, verdades invertidas ou farsas reais. A personalidade forte é coisa da mãe. Em contrapartida, o carisma é coisa do pai. 

Vejo pessoas que são “ótimas” com os outros, mas não valorizam nem um pouco suas famílias, mesmo sendo (com o perdão do gerúndio) totalmente dependente delas. Triste, mas é fato.  Ainda bem que aqui não somos como esses imbecis, graças aos nossos pais. 

Como eles, penso positivamente e trabalho para criar oportunidades. É, graças a Deus, assim como possuo a capacidade de fazer amigos do meu pai, identifico cretinice a léguas de distância, como minha mãe. Não por acaso, somos pessoas boas, com defeitos, claro, mas em algum lugar do passado, entendemos que é preciso batalhar, respeitar, amar e, se preciso, brigar. 

Sinto-me orgulhoso de ter um pouco (ou muito) de cada um deles. Eu acho isso o máximo!

*Texto republicado por conta de hoje ser o Dia Mundial da Infância e eu ser muito grato aos meus pais por tudo. 

Elton Tavares

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