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domingo, dezembro 23, 2012

Como os nossos pais

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O leitorado que acompanha este blog sabe, vez ou outra, falo de minha família. Sim, aqueles que me são caros é assunto sério para mim. No meu caso, eles não são somente as pessoas da sala de jantar que dividem refeições tristonhas. Mas sim seres fantásticos, cheios de vida, personalidade e amor. 

Hoje, ao refletir com meus botões, percebi o óbvio: tenho mais dos meus pais do que pensava. Sim, mesmo que eu seja uma pessoa diferente deles, que possuo características semelhantes de ambos. O que é ótimo! 

Quando eu e meu irmão Emerson éramos crianças, aprendemos valores, mas as características de nossos pais se desenvolveram em nós ao longo dos anos. Essa herança me serve como manual de sobrevivência, afinal, como disse Vinícius: “são tantos os perigos dessa vida”. 

Vou explicar sobre essa criação e hereditariedade. Mama é responsável bem decidida e impetuosa. Possui temperamento forte, atitude, honestidade e é trabalhadora. Ensinou-nos a enfrentar as agruras da vida, a estar à frente, escolher e não ser escolhido.  É dela que herdei minha força, sinceridade e franqueza. 

Meu velho era/é coração e minha mãe a razão. Um cara brincalhão, sempre educado e querido por todos. Nos ensinou a sacar o melhor das pessoas, dizia que todos temos defeitos e virtudes, mas que devíamos aprender a dividir tais peculiaridades e valorizar a vida, vivê-la intensamente sem nos preocuparmos com coisas menores a não ser com as pessoas que amamos. Ah, tudo isso sem deslumbramento com poder ou riqueza. Conseguiu uma legião de amigos sem nenhum tipo de marketing pessoal. 

As características se misturaram. Vejo em mim e no meu irmão a hereditariedade de virtudes e defeitos de nossos pais. Nunca, nunca fui dado a hipocrisias, verdades invertidas ou farsas reais. Para alguns, sou até casca grossa. A personalidade forte é coisa da mama. Em contrapartida, os amigos me curtem, apesar de minhas luas, continuo cercado deles, o que é porreta. Esse carisma é coisa do meu pai. 

Vejo pessoas que são “ótimas” com os outros, mas não valorizam nem um pouco suas famílias, mesmo sendo (com o perdão do gerúndio) totalmente dependente delas. Triste, mas é fato.  Ainda bem que aqui não somos como esses imbecis, graças aos nossos pais. 

Enfim, você tem que saber distinguir o certo e do errado sozinho, sem mamãe e sem papai. Como eles, penso positivamente e trabalho para criar oportunidades. É, graças a Deus, assim como possuo a capacidade de fazer amigos do meu pai, identifico cretinice a léguas de distância, como minha mãe. Não por acaso, somos pessoas boas, com defeitos, claro, mas em algum lugar do passado, entendemos que é preciso batalhar, respeitar, amar e, se preciso, brigar. 

Sinto-me orgulhoso de ter um pouco (ou muito) de cada um deles. Eu acho isso o máximo!

Elton Tavares

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